Cérebro e Mediunidade

Sérgio Biagi Gregório

O cérebro  é apenas uma parte do sistema nervoso central – embora seja a mais complexa. Consiste de uma massa de tecidos nervosos que ocupa a maior parte do crânio  e que desempenha, entre outras funções, a do raciocínio e a da linguagem. Tem a forma de um ovóide com a porção mais alargada voltada para trás. Pesa em média 1.100 gramas. O lado esquerdo do cérebro comanda o lado direito do corpo e  o lado direito do cérebro comanda o lado esquerdo do corpo. O lado esquerdo do cérebro é lógico enquanto o lado direito é intuitivo.  

A memória é o registro no cérebro de acontecimentos da vida diária, de habilidades motoras, do significado de palavras, da linguagem etc. Lembramo-nos  amplamente dos acontecimentos recentes e reduzidamente dos acontecimentos passados.  Os neurofisiologistas não descobriram uma única região cerebral que armazenasse toda a memória. Identificaram, porém, uma área envolvida pelo córtex que parece ser essencial para a fixação de lembranças permanentes: o hipocampo. É pela memória que voltamos a um acontecimento. Sem ela ficaríamos à deriva na vida. Por isso o provérbio que diz: “A memória é a carteira da velhice; é preciso enchê-la”. 

O cérebro, de acordo com o Espírito André Luiz, em No Mundo Maior,  pode ser descrito como um castelo de três andares. O 1.º andar – subconsciente – é a “residência de nossos impulsos automáticos”, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados. O 2.º andar – consciente – é  o “domínio das conquistas atuais”, onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando. O 3.º andar – superconsciente – é a “casa das noções superiores”, indicando as eminências de que nos cumpre atingir. Para que nossa mente prossiga na direção do alto, é indispensável o equilíbrio destas três zonas de nosso cérebro.  

A glândula pineal ou epífise, um minúsculo cone de células nervosas situado acima da raiz do cérebro, é o elemento de ligação com o mundo espiritual.  De acordo com André Luiz em Missionários da Luz, no exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel  mais importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e de recepção de raios peculiares à nossa esfera. É nela, na epífise, que reside o sentido novo dos homens; entretanto, na grande maioria deles, a potência divina dorme embrionária.  

A educação mediúnica reveste-se de substancial importância. Educar-se mediunicamente é encher o cérebro de informações para que os Espíritos possam melhor expressar as suas idéias. Os Espíritos, ao usarem o cérebro do médium, não tiram as idéias dos médiuns, mas o material que podem formalizar as idéias a serem transmitidas. Quer dizer, quanto mais recheado de bons pensamentos, de boa cultura, de bons hábitos, mais estaremos colaborando para uma perfeita comunicação mediúnica.  

Ocupemos sadiamente as circunvoluções do nosso cérebro, a fim de sermos os verdadeiros arautos do senhor.

Fonte de Consulta

XAVIER, F. C. Missionários da Luz, pelo Espírito André Luiz. 8. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1970.

XAVIER, F. C. No Mundo Maior, pelo Espírito André Luiz. 7. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.

Pesquisas de Conhecer. O Corpo Humano. São Paulo, Abril, 1985.

São Paulo, 03/03/99.

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